
Passamos pelas ruas da vida e sentimos acções que vagueiam entre o lógico e o ilógico, entre o normal e o anormal, entre o honesto e o desonesto e, fundamentalmente, acções que se situam nos extremos do sentimento e da simulação.
A ambição de se atingir o nunca conseguido ou de se conseguir ter algo que se sabe poder significar um estatuto diferente perante a sociedade leva a que as atitudes avancem de modo desmedido e irracional e que os sentimentos verdadeiros se transformem em sentimentos simulados.
As pessoas são cada vez mais bombardeadas com provas (simuladas?) de amor ou de carinho, com frases (simuladas?) de afecto ou de adoração, com promessas (simuladas?) de atenção ou de amizade.
De que valem simulações se mais cedo ou mais tarde as verdades se transformam em mágoa ou em sofrimento?
Está nas nossas mãos agir em função do que se sente e, fundamentalmente, fechar em definitivo portas entreabertas que possam significar atitudes permanentes de mesclar sentimentos simulados com momentos menos bons que possamos estar a viver.
Agir sem sentimento è agir sem sentido, é agir segundo o pressuposto de que a inteligência de quem assim se comporta è única no mundo e que as outras pessoas jamais conseguirão perceber a farsa ardilosa.
De nada valerão frases lindas ou atitudes emolduradas se o discurso não é acompanhado por um percurso de acção consistente e verdadeiro.
Lute-se pelo que se sente (sempre), e pelo que se acredita (se o que acreditamos corresponde com o que sentimos)
Pedro e Paulita
