terça-feira, 27 de novembro de 2007

O SENTIR E O AGIR



Passamos pelas ruas da vida e sentimos acções que vagueiam entre o lógico e o ilógico, entre o normal e o anormal, entre o honesto e o desonesto e, fundamentalmente, acções que se situam nos extremos do sentimento e da simulação.

A ambição de se atingir o nunca conseguido ou de se conseguir ter algo que se sabe poder significar um estatuto diferente perante a sociedade leva a que as atitudes avancem de modo desmedido e irracional e que os sentimentos verdadeiros se transformem em sentimentos simulados.

As pessoas são cada vez mais bombardeadas com provas (simuladas?) de amor ou de carinho, com frases (simuladas?) de afecto ou de adoração, com promessas (simuladas?) de atenção ou de amizade.

De que valem simulações se mais cedo ou mais tarde as verdades se transformam em mágoa ou em sofrimento?

Está nas nossas mãos agir em função do que se sente e, fundamentalmente, fechar em definitivo portas entreabertas que possam significar atitudes permanentes de mesclar sentimentos simulados com momentos menos bons que possamos estar a viver.

Agir sem sentimento è agir sem sentido, é agir segundo o pressuposto de que a inteligência de quem assim se comporta è única no mundo e que as outras pessoas jamais conseguirão perceber a farsa ardilosa.

De nada valerão frases lindas ou atitudes emolduradas se o discurso não é acompanhado por um percurso de acção consistente e verdadeiro.

Lute-se pelo que se sente (sempre), e pelo que se acredita (se o que acreditamos corresponde com o que sentimos)

Pedro e Paulita

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Grupos pequenos … relações fortes




Este é um post dedicado inteiramente a todos aqueles que fazem parte deste fabuloso grupo de pessoas que partilham o nosso blog. Desta feita vamos abordar uma tendência confirmada cientificamente no âmbito da abordagem sociológica.

“A natureza do envolvimento das pessoas umas com as outras mudou. Embora não haja provas de que hoje se relacionam menos, os seus laços recíprocos tendem a ser menos permanentes, menos fortes e no seio de grupos mais restritos”
(Francis Fukuyama – in - A grande ruptura)

A tendência confirma-se e de facto as pessoas tenderão a relacionar-se com menos pessoas, no entanto a natureza dessas relações vencerá ao nível da intensidade e da força dos sentimentos de união.

De facto, cada vez mais, ter muitos amigos ou muitas relações em aberto deixou de significar por si só o acesso à felicidade ou à união de esforços rumo à consolidação dessas mesmas relações.

Quantas vezes, nos apercebemos que as pessoas em quem podemos confiar se restringem a um número restrito e limitado. Habitualmente essas pessoas acabam por se manter na nossa vida pela intensidade da união, e pela forma como nos defendem em oposição a situações que se afiguram tendencialmente negativas para nós.

No caso do nosso grupo (o “people” que faz parte do universo do blog), é com imensa satisfação que verificamos que o grau de confiança se mantém, com tendência a aumentar. O futuro será o nosso indicador, mas queremos manter a intensidade.

A todos vós, os que fazem parte do nosso pequeno grupo … um bom início de semana e mantenham a chama.


Pedro e Paulita.

domingo, 18 de novembro de 2007

Trilhos virtuais (com sentido ético)



O debate virtual (posts, comentários, opiniões, …) acaba por centralizar uma parte considerável dos nossos recursos diários (tempo, concentração, energia, …). Este diálogo com duplo sentido (emissor e receptor) vai preenchendo as nossas vidas, activando momentos de solidão, alimentando alegrias e até mesmo tristezas (também acontece).

Nesta esfera da nossa vida somos muitas vezes confrontados com situações inesperadas, com comentários irónicos, com tomadas de posição sem sentido, com afrontamentos e com lutas titânicas desprovidas de valor ético.

A tentação leva a que muitas pessoas escrevam o que lhes apetece, o que lhes faz alimentar o ego, o que lhes faz atingir um determinado status. Tudo isto sem haver uma medida prévia das consequências, sem se pensar que se poderá estar a atingir a individualidade de outras pessoas e talvez até partindo-se do principio que ninguém irá questionar uma verdade suspeita (a mentira é uma prática).

Um mundo, por muito virtual ou intangível que seja deve ser organizado de acordo com pressupostos éticos, com um mínimo de respeito e com recurso aos mais nobres valores da transparência e da verdade, sob pena de cairmos numa completa anarquia em que tudo vale em proveito próprio, sem sentimentos nem valores.

Se queremos, se temos vontade de dizer algo (bom ou mau; belo ou feio; alegre ou triste; …) a alguém, porque não dizer directamente (hoje em dia os contactos das pessoas são tão fáceis de se conseguir) à pessoa que queremos atingir com a nossa mensagem?

Para quê utilizar um espaço público, agradável e partilhado por pessoas com espírito positivo para enviar uma qualquer mensagem a alguém que nem conhecemos na realidade?

Porque razão assumimos algo (uma amizade, um amor, uma crítica, um sentimento) num espaço virtual sem conhecermos sequer a faceta da pessoa no plano real?

Lutar pelo que acreditamos, pela pessoa que amamos, dar tudo para conseguir algo que adoramos é legítimo (é nobre), mas que as pessoas se conheçam de verdade, que passem primeiro do virtual para o real e só depois escrevam e afirmem o mais nobre dos sentimentos.

Por um mundo (virtual ou real) com sentido ético, valores e sentimentos, e onde as pessoas se assumam (na realidade).

Bom inicio de semana

Pedro e Paulita

terça-feira, 6 de novembro de 2007

POR UM SORRISO



Procuramos o azul do céu e o rosa encantado, procuramos a luz em confronto com o escuro, procuramos dar tudo para o melhor alcançar, damos a vida por um sorriso, por uma gargalhada no horizonte.

Muitos são os momentos de angustia e de sofrimento e muitas vezes basta-nos saber que outras pessoas estão felizes porque nós conseguimos que elas assim estejam, todavia há contextos e situações que nos fazem pensar que afinal até nem conseguimos sorrir nem fazer os outros sorrir, em que o desconforto da tristeza nos atiram para o charco, em que concluímos que afinal não temos capacidade de amar nem de ser amados.

Mas estamos a falar de quê? Um minuto de reflexão e que tudo o que aqui acaba de ser escrito seja ultrapassado em prol de um sorriso, mesmo que forçado mesmo que engripado.

Por uma vida em que as coisas façam sentido, por um mundo em que consigamos explicação para os fenómenos, pelas pessoas que amamos e pela homenagem que devemos prestar aos seres mais queridos do mundo (as crianças), um sorriso por favor.

Por alguém que nos faça sorrir, por alguém que nos faça colorir, por alguém que nos faça acordar de manhã e deitar á noite no pensamento, por alguém que nos faça feliz e que também nós possamos fazer feliz, certamente um sorriso.

Por um mundo em que possamos ter paz, em que possamos sentir segurança todos os dias, no qual nos possamos enquadrar e sentir úteis, mais uma vez (não a ultima), um GRANDE SORRISO, O MAIS BELO DE TODOS.

Pedro e Paulita