sexta-feira, 19 de junho de 2009

O PRINCIPEZINHO


Olá meus amigos, hoje apetece-me vir aqui falar de um livro que sempre me serviu de referencia, desde os tempos em que eu bem criança, o lia vezes sem fim. Acabei de reler o meu livro, de eleição. O meu tão estimado e amado livro: "O PRINCIPEZINHO", de Antoine de Saint-Exupéry. Eu confesso, que nunca me canso de o ler, reler e voltar a ler. Quero deixar aqui uma das partes, que mais me tocam. No facto de nos tornarmos responsáveis, por tudo aquilo que cativamos. É uma bela passagem do livro que o autor nos transcreve:"...A raposa contou um segredo ao Pequeno Príncipe. Ele, que cultivara uma flor, por tanto tempo - apesar dos espinhos que ela tinha - havia-a deixado sozinha, dentro de uma redoma. Uma flor é apenas uma flor, disse a raposa. Olha para os campos e verás milhares delas. Mas a tua é especial. É diferente de todas as outras, pois entre vocês há um vínculo, vocês conhecem-se. E então, ela diz o segredo que há escondido, no fundo do botão de rosa - “foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez, com que essa tua rosa seja tão importante, para ti”. Ela diz ainda a célebre frase que muita gente repete porque soa bonito, mas pouca gente conhece - “Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu tornas-te eternamente responsável, por tudo aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa…”.
No momento em que o Pequeno Príncipe, decidiu deixar-se encantar pela sua rosa, e em cada momento em que ele cuidou da sua flor, dando um pouco dele, para ter um pouco dela, firmou-se entre eles um laço. Ele podia apenas admirá-la a distância, mas jamais conseguiria sentir por ela a responsabilidade e a intensidade de um carinho tão especial, se não se tivesse atrevido a cuidar dela, a tirar-lhe as pétalas estragadas, a esperar por a ver crescer, a regá-la, a protegê-la, a tocá-la, no superficial e no profundo".
No momento em que um jardineiro e uma planta se envolvem, é inevitável que haja beleza, e inevitável que haja dor. Tanta dor, quanta beleza houver. E é preciso que o jardineiro não se esqueça disso, para não deixar de cuidar dela, quando ela lhe fizer falta, ou lhe espetar com um dos seus espinhos, ou quando exigir dele mais cuidado do que ele pode dar, ou quando ela estiver a parecer ficar seca, sem nenhum sinal de outros botões. A dor é o outro lado do prazer, e um dá significado ao outro.

Há muitas verdades ditas em silêncio, entre um jardineiro e as suas flores. Eis mais uma delas:

“O sentimento é uma flor delicada; manuseá-la é machucá-la.”

Um livro que penso toda a gente já ter lido, mas para aqueles que nunca tiveram oportunidade de o ter feito é um livro altamente recomendado por mim. E por hoje, fico por aqui, deixando como mote, a célebre frase já tão conhecida, dita pela raposa ao seu pequeno pricipezinho:
"...Só se conhecem as coisas que se cativam..."
"...O essencial é invisível para os olhos..."
"...Ficas para sempre responsável, por aquele que cativaste. És responsável pela tua rosa...".

Um beijinho grande e um bom fim de semana. Para um querido amigo que está de regresso ao nosso país, votos de uma boa viagem e muitas saudades.
PAULITA

2 comentários:

Paula disse...

Esta história é uma maravilha a minha filha adorou o livro, devorou-o quando lhe ofereci, ainda ela era uma menina.
Também adorei! Podias ter colocado
o vídeo nesta mensagem é só copiar o que está dentro do rectangulo INCORPORAR.

o link para teres acesso ao YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=drVW1_BIy0I

É de uma enorme beleza!

Um grande beijinho,
Ana Paula

ISABEL disse...

Muita gente vai entrar e sair em tua vida ao longo dos anos. Mas só os verdadeiros amigos deixam impressões no teu coração.

Espero ser um deles. CATIVASTE-ME.